quarta-feira, 8 de outubro de 2008

08 de Outubro - Semana de História 2008

08 de Outubro de 2008

Os Patrimônios. A noite dos Patrimônios Históricos, materiais e imateriais. Mas como Comunicação Livre, o acadêmico Vanucci abre a terceira noite falando de sua pesquisa: "Inclusão de Acadêmicos com Necessidades Educacionais Especiais na Universidade Regional de Blumenau: Possibilidades e Desafios", dando uma breve visão da realidade do assunto.



Em seguida, Rafaela Vieira e Michelle de Andrade, representantes do SEPLAN (Secretaria Municipal do Planejamento Urbano), iniciam uma viagem ao Patrimônio Histórico Material de Blumenau, descrevendo como as atividades são desenvolvidas. A consulta antes de construir, sendo três diferentes tipos: P1 (interno e externo), P2 (externo) e P3 (entorno). Os critérios analisados para o cadastro (pré-tombamento): Conjunto, estrutura de ocupação, excepcionalidade, originalidade e memória cultural. Os casos de demolição ou restauro e o motivo da escolha por uma dessas alternativas, isenção de taxas e impostos, aprovação de publicidade e o cálculo potencial construtivo.




Rafaela e Michelle analisam a questão da excedente valorização do estilo enxaimel na cidade. Apontam quatro tipologias arquitetônicas dentro de períodos distintos na cidade: O estilo da colonização (enxaimel) , o período de transição, a Art Deco, e a arquitetura moderna. Dessa maneira, não há somente um tipo de patrimônio a ser cuidado, e sim, é necessário fazer com que as pessoas possam entender a importância desses outros estilos que também estão presentes em Blumenau. Apresentam um número de 430 cadastrados, e destes, 11 são federais (IPHAN) e se concentram em sua maioria na Vila Itoupava, 55 estaduais (FCC) concentrados mais na Rua XV de Novembro e Hermann Hering, 14 municipais e 30 processos de tombamento iniciados. Mostram fotos das casas, como o Comercial Zimdars, outros na rua Alameda Duque de Caxas, Alameda Rio Branco, Alwin Schrader, Sete de Setembro, entre outras tantas casas. Demonstram os benefícios do Patrimônio Histórico, que além da preservação da memória, trabalham com a majoração do potencial construtivo e a questão dos impostos e taxas. Em resposta às perguntas da platéia, falam das pontes, que são de suas responsabilidades, mas que não está sendo prioridade. Também falam sobre o Moinho do Vale, e sobre o fundo para o restauro, havendo uma possibilidade de melhora em virtude da nova lei de Publicidade.



Após um café, com capilé com cuca, sorrisos e conversas do além, a risada volta a rolar, pois Peninha entra em cena.




Peninha, segundo o mesmo, é culpa de sua localidade, onde todos devem ter apelido. O nome é sigiloso, é só para íntimos, e nós, estamos enquadrados nisso então: Gelci José Coelho é seu nome, que profere também em nome de Franklin Joaquim Cascaes.



Inicia sua fala lá do império Romano, passando por Portugal, a Ilha dos Açores, chegando a Florianópolis. Aqui o papo entra com as imagens produzidas pelo imaginário real das pessoas. Um ano inteiro ilustrado de maneira a contemplar uma história tão perto, que nem parece 'nossa'. De Boi-tatá, vaca-tatá, cruz, capela e caça às baleiais ao vampiro de sete asas, a mula-sem-cabeça, lobisomem que é o sétimo ou décimo terceiro homem da família. Do terno de reis ao boi-de-mamão com dança, teatro, música, história e indumentária a quaresma e toda a sua semana santa, o sábado de aleluia e a farra-do-boi. E ele não para, pois vem Corpus Christ, o mês de junho de Santo Antônio e São João, o pão por Deus, e o tal do "Finadinho", que parece estar mesmo finado, morto e enterrado em nossa história, abrindo espaço para o Halloween. Só São Benedito para nos ajudar! E temos o sepultamento, a procissão das almas, a paixão de Cristo. A mulher, esta jamais poderá ir para o mar, a não ser que esteja zangada com algum homem, porque mulher na pesca é azar, segundo Peninha. Falando nisso, tem o mau-olhado, as bruxas. Cuidado! E por aqui temos o enxoval sendo construído desde muito pequena, sobrando tempo para as brincadeiras de roda, ratoeira, onde brincavam de trabalhar. Há as figuras míticas como os barbeiros ambulantes e o seu Chico, um típico mentiroso da cidade...que nos rendeu belas gargalhadas.




Livro indicado: "O Português que nos pariu".

1-2-3 e Quinta-feira está aí!

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