O intervalo foi de polenta frita e torresmo. Parecia mesmo a casa da vovó, aconchego...
A palestra da noite foi com o Professor Doutor José Roberto Severino, com o tema "Intolerância, etnicidade, identidades: Diferenças culturais".
Iniciando com o esclarecimento sobre o que é intolerância, etnicidade e identidade. O professor demonstra como a intolerância, que vez se imagina algo tão distante, na verdade acontece tão perto e em tempos passados ou mesmo em nosso presente. A Intolerância leva a subjugar outras culturas. Mostra que a etnicidade, identifica-se por vários aspectos e não só os físicos, mas culturais, entre outros. As pessoas tendem a se agrupar e criar identidades, muito fácil de observar que pessoas tentam "criar" sua identidade e se agrupar com os semelhantes.
Bem, ele coloca como esses três pontos "fazem" as diferenças culturais. Que elas existem todos sabemos, mas as maneiras como elas se dão na região do Vale-do-Itajaí, foi o foco da palestra.
As culturas indígenas e afro-decendentes nessa região (não somente aqui, claro) são deixadas de lado, são culturas "a parte". Os índios que em muito contribuem para nossa cultura - nas palavras de José R. Severino "Os alemães não aprenderam a fazer farinha sozinhos, nem mesmo a saber quais vegetais, aves ou outros animais serviam de alimento - tem de ter seu espaço cultura havendo aí um respeito entre as culturas, apesar de vivermos o dilema americano - O que fazer com os Índios?".
Os grupos que se estabeleceram na região possuem de certa forma uma identidade oriunda de sua terra de origem.Não há como negar que os descendentes de alemães ou italianos, não possuem uma cultura igual a da Alemanha ou da Itália, possuem aspectos em comum. Essas culturas incorporam aspectos indígenas e afro-descendentes, ou mesmo uma troca entre elas cidades italianas que possuem características germânicas.
Mas isso não retira seu caráter cultural "original", assim como não se pode negar que um quilombo evangélico, mesmo não tendo uma religião típica da África, não é um quilombo ou que os quilombolas não possuem uma cultura afro.
Há aí de se aceitar que uma cultura Italiana em uma cidade, por exemplo, é diferente de certa forma de outra cidade de origens italianas.
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